Pipocando - Mato Sem Cachorro
O filme
é com a Leandra Leal e o Bruno Gagliasso, fazendo Deco e Zoé, um casal que se
conhece e é amor a primeira vista. Mas não tem aquela praxe comédia romântica
onde o casal faz muitas coisas fofas e depois rompem e no fim voltam, tudo
lindo. É mostrado muito rapidamente os bons momentos dos dois juntos, com o cão
que fez eles se conhecerem, por mero acaso. O cão, Guto, sofre de Narcolepsia
canina, uma doença que faz o cão desmaiar sempre que tem alguma emoção
(alegria, susto, medo..).
O filme ganha na questão que não é uma história onde o cão é o personagem principal, nem o casal. É uma história pessoas + cães. E essa relação é ressaltada no modo como Deco e Zoé chamam Guto: Filho. Eles se consideram, literalmente, mamãe e papai de Guto. Todo mundo que tem um cão e ama, cuida do seu cão, tem essa relação tão forte. Os homens me desculpem, mas eu penso que esse sentimento é mais intenso nas mulheres. Nossa maternidade floresce com a sensação que aquele animal de estimação é MESMO seu filho (não falo apenas de cães aqui), como se tivesse mesmo saído de dentro da gente (eu me sinto assim com meu cachorro...)
Pontos negativos:
- Excesso
da palavra “porra” estraga o filme.
- O
Danilo Gentili estraga o filme (pelo bem da nação, Danilo Gentili, não faça
mais filmes, você não é engraçado, é completamente forçado e um ator terrível,
dá pra sentir isso do outro lado da tela).
- Idem
o comentário acima sobre o Rafinha Bastos no filme. Acho que a intenção era
chamar o público, porque “nossa os caras são fodaas mano”. Só que não. Não.
- Não
dá pra entender que época o filme se passa. Você jura que é anos 70, mas aí tem
notebook, internet e smartphones no meio. Qualidade de imagem deixa a desejar.
- A
trilha sonora é horrível. Sério. Horrível. Exceto por I Love rock n’ roll da
Joan Jett e No Surprises do Radiohead.
Após
tantas críticas duras, quero ressaltar que Leandra Leal e Bruno Gagliasso são
excelentes atores, e ficam ótimos no filme, assim como o cachorro (não to sendo
irônica!). Isso é o que salva. Não é muito....